terça-feira, 19 de maio de 2009

Observação de botânica de Ilha Comprida a Cananéia

ILHA COMPRIDA

Enquanto pedalávamos na Ilha Comprida à beira mar, percebemos uma grande mudança na vegetação. As altas árvores e a grande quantidade de plantas, características da mata Atlântica, deram espaço para outro tipo de vegetação: a restinga. Observamos uma vegetação bem rasteira e retorcida, com muitos espinhos. Vimos dois tipos de árvores altas: umas parecidas com pinheiros, que não são nativas do Brasil (casuarinas), e outras bem finas e com folhas grossas. Encontramos grandes dunas de areia ainda cobertas com a vegetação característica da restinga.

ILHA DE CANANÉIA

Já em Cananéia, fomos à procura de um nativo que pudesse nos contar um pouco mais sobre a vegetação local. Acabamos encontrando um chileno, morador da ilha há uns 20 anos, que pra nossa sorte é presidente do Polo de Ecoturismo do Lagamar. Ele nos indicou uma moça chamada Nany, que é guia turística da região. Fomos à casa dela e ela prontamente nos atendeu, e contou um pouco sobre os ecossistemas da região.
Durante a conversa, ela nos contou que a restinga cresce em solos arenosos, diferente da mata Atlântica que tem o solo argiloso, e por isso sustenta árvores maiores e em maior quantidade. Ela também nos falou sobre o guarandí, aquelas árvores compridas com folhas grossas que observamos; é uma das poucas árvores que consegue crescer na restinga, e que é muito importante para os papagaios de cara-roxa, pois é lá que eles fazem seus ninhos. A respeito dos “pinheiros” que vimos, ela confirmou que eles foram trazidos de outros continentes, e que por serem árvores rústicas se adaptaram ao solo, mas não fazem bem às outras plantas, pois fazem bastante sombra, impossibilitando-as de crescer.
Por fim, sobre a restinga, ela nos contou que toda a Ilha de Cananéia (exceto o morro São João, que é coberto de mata Atlântica) tem o solo arenoso e é coberta pela restinga.

(Malvina ao teclado, Daniel, Joy e Ana Elisabeth)

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