quarta-feira, 27 de maio de 2009

Botânica. Mangue

Grupo de Botânica.


Joy, Daniel, Malvina, Ana Elisabeth, Lennon e Helena.


Parque Carlos Botelho

O Parque fica em uma área que, antes da unificação do parque, era chamada de Serra de Paranapiacaba. Em 1941 foi dividida em quatro partes, quatro reservas florestais, uma chamada Carlos Botelho, as outras Capão Bonito, Travessão e Sete Barras.Em 1982 um decreto unificou todas as quatro reservas, formando então o Parque Estadual Carlos Botelho.O parque integra a zona núcleo da reserva da biosfera da mata atlântica e foi reconhecida pela UNESCO como sítio do patrimônio mundial natural. É importante para que o mundo todo tenha olhos para esse importante bioma que acontece no Brasil.

Saímos do Parque a 756m de altitude para chegarmos à sede do parque em Sete Barras, a 110m. Durante o caminho foi visível a mudança da vegetação. A Mata Atlântica é o bioma do parque, e é composta por grandes árvores como araçá, cabreúva, jatobá e jacarandá. Na saída, a vegetação era bem densa e escura, tinha muito musgo, era úmida e fresca, com muitos cipós pendurados nas árvores. Durante a descida, a mata foi mudando e lá em baixo as árvores tinham folhas maiores, o clima era mais quente, as plantas epífitas, como os cipós, foram diminuindo muito por causa do ar abafado, mas as bromélias foram vistas durante todo o caminho, assim como o palmito Jussara: uma espécie de palmito que está em extinção por causa principalmente da extração ilegal, que é combatida através de projetos de ONG's e com a preservação da mata através de parques e reservas ecológicas, e a capacitação da população local para outros trabalhos e não a extração do palmito (que hoje é uma forma de ganhar a vida de muitos moradores locais). As Embaúbas também nos acompanharam durante toda a descida. São árvores que precisam de sol para germinar, por isso quando se abre uma clareira ela é a primeira a crescer. A embaúba é uma árvore oca onde as formigas encontram abrigo e acabam protegendo a árvore de pragas.
Outro ponto que nos chamou a atenção foram as araucárias que, apesar de não serem arvores típicas desse ecossistema, estão na mata por uma tentativa em vão de plantio, pois as árvores não se adaptaram ao tipo de solo e ao clima desta região.


Manguezal.

Encontramos o manguezal principalmente durante o trajeto de balsa entre Cananéia e Ilha do Cardoso. Observamos que as raízes das árvores do mangue têm uma característica própria diferente das outras árvores desse bioma, elas têm a raiz mais exposta. Mas o manguezal não se resume a isso: na nossa conversa com a Nany, uma guia da região, também aprendemos que o manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marítimo e é característico de regiões tropicais e sub-tropicais, só encontrado onde se encontra água doce com água salgada (salobra).
Com todas essas condições, o manguezal torna-se um grande berçário natural, tanto para as espécies que vivem no próprio mangue, quanto para as espécies do Atlântico para se reproduzir.
A vegetação do mangue está sujeita às condições das marés, por isso suas raízes ficam fora da terra para conseguir respirar durante a maré alta, quando o mangue fica coberto pela água. Se a maré demorasse para descer e ficasse muito tempo cobrindo as raízes, as árvores morreriam por não conseguir respirar. Apenas três tipos de árvores conseguiram se adaptar a essa rotina são elas: o Mangue Amarelo, o Mangue Branco e o Mangue Vermelho. O mangue vermelho tem raízes que ficam pra fora da terra, fazem a respiração através de rizóforos, além de auxiliar na sustentação do mangue. Ele se reproduz através de sementes (propágulos) que germinam ainda presas à planta-mãe, aumentando as chances da espécie se propagar. O mangue vermelho tem esse nome, pois quando sua casca é raspada apresenta uma coloração avermelhada. Da mesma maneira se dá o nome aos mangues branco e amarelo. Esses dois tem raízes chamadas 'pneumatóforos', que deixam uma ponta fora da lama para respirarem durante a maré baixa. Esses dois tipos de mangue só crescem onde a maré oscila, pois se a maré não abaixasse eles morreriam afogados. As sementes desses mangues quando caem da árvore-mãe boiam, e assim que a maré abaixa as sementes se fixam na terra, garantindo que as árvores só cresçam onde a maré oscila. Essas árvores são usadas para vários fins medicinais entre os caiçaras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário